Samek: pobre Gleisi.| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Mesmo vazio, o Congresso Nacional custa caro ao contribuinte. De julho a outubro, quando votações e debates ficaram próximos de zero, houve R$ 1,9 bilhão de despesas de todos os tipos. Chamado de "recesso branco", a paralisia do Legislativo acontece de dois em dois anos por causa das eleições. Além deste período com pouco trabalho, o recesso constitucional continua: no segundo semestre de julho e no final do ano. Ou seja, são cinco meses de trabalho escasso. Na Câmara, por exemplo, não há nenhum tipo de votação desde 7 de julho. Duas tentativas de reunir deputados em Brasília durante esse período fracassaram. Já no Senado, houve apenas uma semana de esforço bem-sucedido, com votações. Os congressistas que estão em campanha nos estados recebem normalmente. E o pagamento de horas extras também continua.

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Aliás...

Funcionários de gabinetes e do plenário admitem que a demanda de trabalho é pequena. Alguns comparecem apenas para bater ponto. Na Câmara, em muitos dias nem sessões de discursos conseguem ser abertas por falta de deputados.

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Imagens

Na próxima semana, passadas as eleições, o Congresso Nacional deve voltar a fazer suas sessões normalmente. Entre as primeiras pautas que estão para ser votadas, uma é de serviço público; prevê que as emissoras de tevê divulguem imagens de crianças desaparecidas no país. A votação será na próxima quarta-feira.

Justificar

Os eleitores que se cadastraram para votar em trânsito, tanto no primeiro quanto no segundo turno, mas não compareceram às urnas nas capitais indicadas ao TSE, terão que justificar a ausência. Pelos dados do tribunal, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte são as capitais que vão receber mais votos de eleitores em trânsito. No primeiro turno, mais de 66 mil pessoas optaram por votar fora do seu domicílio eleitoral.

Samek

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Gestor de Itaipu durante os dois mandatos de Lula, Jorge Samek (foto) não esconde a felicidade com a possível vitória do PT na eleição deste domingo. E, embora diga que não combinou nada sobre uma possível posição no governo de Dilma, imagina que vá participar de seu mandato. E Samek não esconde qual é a posição em que gostaria de jogar: exatamente a mesma que ocupou nos últimos oito anos, presidindo o lado brasileiro da usina. Segundo ele, o resultado da votação de Dilma na região de Foz do Iguaçu mostra que a população do Oeste paranaense está feliz com sua gestão. E, além disso, Samek afirma que precisa de "mais uns dois anos" para ver alguns de seus projetos vingarem. Especialmente a Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila) e uma linha de 500 KW no lado paraguaio.

27 ministros dos 37 ministros do governo Lula, 27 são filiados a partidos políticos, segundo levantamento da ONG Contas Abertas.

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Pinga-fogo

"Eu acho que é legítimo ele se pronunciar com seus adeptos em vários momentos, não neste. O Papa não deveria ter esse tipo interferência neste momento, no limite da campanha eleitoral."

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Alberto Goldman (PSDB), governador de São Paulo, criticando o pronunciamento do Papa Bento XVI nesta semana, no qual pede para os bispos orientarem os fiéis a votar em candidatos que sejam contrários à descriminalização do aborto.