Agentes da Força Nacional de Segurança chegaram por volta das 5h de quinta-feira (15) ao 16º BPM (Olaria). Eles vão reforçar a operação de ocupação no Complexo de Favelas do Alemão, na Penha, subúrbio do Rio.
A PM informou que a madrugada foi calma no local após mais uma noite de intenso tiroteio entre agentes da Força Nacional e traficantes. Em dois dias de ocupação, seis pessoas já morreram e duas ficaram feridas.
O confronto recomeçou por volta das 21h de quarta-feira (14), assim que a Força Nacional de Segurança chegou para dar reforço aos policiais militares que passaram o dia nos acessos à favela. Os bandidos da favela desafiavam as tropas pelo rádio da polícia dizendo que eles podiam invadir, já que estariam preparados.
Motoristas que passavam pelo local fugiram assustados. Um ônibus chegou a dar meia-volta. Além de atirar contra os bandidos, os soldados usaram bombas de efeito moral.
Os traficantes usaram um carro para fazer uma barricada de onde dispararam muitos tiros. Eles atearam fogo em barracas de camelôs para impedir que policiais e soldados subissem o morro. O tiroteio durou várias horas.
Na terça-feira (13), agentes da Força Nacional de Segurança já tinham trocado tiros com os bandidos. Foi a primeira operação da tropa na cidade. Antes disso, os soldados estavam apenas patrulhando as divisas do estado para evitar a entrada de armas e drogas.
Na tarde de quarta-feira (14), a Polícia Militar apreendeu dois fuzis no Morro do Alemão. Um deles, de fabricação caseira. Um bandido foi preso e outro morreu durante o confronto, aumentando, assim, para seis o número de mortos em dois dias de ocupação do Complexo do Alemão.
A assessoria de comunicação social da Secretaria Estadual de Segurança Pública informou, na noite desta quarta-feira (14), que errou ao divulgar sete mortos no confronto entre políciais militares, civis, soldados da Força Nacional e traficantes no Complexo do Alemão. Segundo a assessoria, seis pessoas morreram na operação. A ocupação tem o objetivo de combater o tráfico de drogas.