• Carregando...
Joaquim Barbosa, presidente e relator na ação do Mensalão | Ueslei Marcelino/Reuters
Joaquim Barbosa, presidente e relator na ação do Mensalão| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joa­­­quim Barbosa, colocou na pauta de julgamento do mensalão recurso apresentado pela defesa de Delúbio Soares, que pede um novo julgamento para o crime de formação de quadrilha. Os embargos do mensalão serão julgados a partir da próxima quarta-feira.

Chamado de embargo infringente, o recurso consta do regimento interno do STF, que o aceita desde que o condenado tenha obtido, entre os 11 ministros, pelo menos quatro votos favoráveis à sua absolvição. O problema é que a lei 8.038 de 1990, que regula a tramitação das ações no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), não prevê o embargo infringente. Por isso, os ministros terão de decidir se eles serão válidos ou não.

Ao analisar o recurso de Delúbio, em maio, Barbosa disse que os embargos infringentes não devem ser aceitos pelo STF. Em sua decisão, alegou que tal tipo de recurso é "absolutamente ilegal".

"Admitir o recurso de embargos infringentes seria o mesmo que aceitar a ideia de que o Supremo, num gesto gracioso, inventivo, magnânimo, mas absolutamente ilegal, pudesse criar ou ressuscitar vias recursais não previstas no ordenamento jurídico brasileiro, o que seria inadmissível, sobretudo em se tratando de um órgão jurisdicional da estatura desta Suprema Corte", diz trecho de sua decisão.

Plenário

Como a decisão foi tomada de forma individual, a defesa de Delúbio enviou ao STF um recurso chamado de agravo regimental pedindo para que o plenário se posicionasse sobre o tema. Caso a maioria dos ministros entenda que os infringentes são cabíveis, 11 réus seriam beneficiados com a possibilidade de um novo julgamento nos crimes em que obtiveram quatro votos favoráveis.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]