O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, disse nesta terça-feira (8) que o lote de novos recursos que serão apresentados por parte dos réus do mensalão deve ser analisado ainda neste mês. Com isso, 13 dos 25 condenados poderão começar a cumprir suas penas.
Nesta fase do julgamento, há dois tipos de réus: o que ainda têm direito a um recurso conhecido como embargos infringentes, que levará à reanálise das condenações, e um grupo que só poderá apresentar um recurso chamado de embargos declaratórios, que serve para esclarecer pontos da sentença.
Com a publicação do acórdão - documento que resume o que foi decidido no julgamento - os 13 que não têm direito aos infringentes, entre eles o delator do esquema, Roberto Jefferson, e os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), ficarão na iminência do início do cumprimento das penas.
No STF, há ministros que defendem a prisão imediata dos réus que não têm direito aos infringentes. Eles entendem que o primeiro lote de recursos apresentado serviu somente para adiar o momento da prisão, por isso, não seria necessário se analisar o segundo lote.
Execução de penas
Contudo, nesta manhã, o presidente sinalizou que pretende aguardar o novo lote de recursos antes de determinar a execução das penas.
Ao responder perguntas feitas por jornalistas na saída da sessão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Barbosa disse que espera julgar ainda neste mês um eventual lote de novos recursos.
Ao deixar a sessão o presidente ainda disse que o acórdão relativo aos réus que não têm direito aos embargos infringentes pode ser publicado hoje. Mas, caso atrase, não passará desta semana.
"Deu um probleminha em sete documentos. Eu espero que saia hoje, fique pronto. O problema foi resolvido ontem e estão conferindo um a um, problema de data, coisinha boba", disse.
Em relação aos 12 réus, como o ex-ministro José Dirceu, que têm direito aos chamados embargos infringentes, a expectativa é que o julgamento só aconteça no ano que vem.
Câmara aprova regulamentação de reforma tributária e rejeita parte das mudanças do Senado
Mesmo pagando emendas, governo deve aprovar só parte do pacote fiscal – e desidratado
Como o governo Lula conta com ajuda de Arthur Lira na reta final do ano
PF busca mais indícios contra Braga Netto para implicar Bolsonaro em suposto golpe
Deixe sua opinião