A ex-senadora Marina Silva foi confirmada pela Rede Sustentabilidade, no sábado, como candidata a vice na chapa do ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) na disputa pela Presidência da República. A decisão foi tomada pelos delegados estaduais da Rede, em Brasília, durante o primeiro congresso do partido que Marina tenta criar. A legenda bateu o martelo e aprovou a coligação PSB-Rede-PPS-PPL.
Marina afirmou em discurso para os delegados reunidos no 1.º Congresso da Rede Sustentabilidade que a legenda não colocou o posto de vice como condição para apoiar Campos. "Quem colocou a possibilidade de ser vice foi o PSB. E eu dizia que quem ia escolher o vice é o candidato", afirmou.
A pré-candidata a vice disse que procurou José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) para discutir propostas para o programa deles no segundo turno, mas se frustrou com a falta de compromisso: "Eles queriam ter uma garota propaganda para dizerem que fariam o que eles não fariam".
Apesar do apoio ao PSB, Marina observou que o rumo da Rede seria diferente nas eleições de outubro se a legenda tivesse sido autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Se tivéssemos o registro na Rede, nesse momento estaríamos com uma outra agenda, criando o partido, montando diretórios, tendo candidato a presidente da República", disse.
Metas
Mesmo sem a legenda, ela contou aos delegados reunidos no congresso que a Rede já se acertou com o PSB sobre candidaturas estaduais em 12 estados. O partido terá um nome na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, segundo ela. Marina acrescentou ainda que o partido terá três coordenadorias no comitê de campanha de Campos. "A única que reivindicamos era ser titulares da coordenação de programa. Essa é alma do negócio", disse, ressaltando que a adesão ao PSB foi "programática".
Ela antecipou que a estratégia de campanha será trabalhar junto com Campos a ideia de fortalecimento da "instituição Presidência da República". "A instituição Presidência da República é o presidente e o vice", concluiu.
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