O secretário-geral adjunto do PT, Joaquim Soriano, afirmou nesta sexta-feira que a proposta de acabar com a reeleição para presidente, governadores e prefeitos não consta da resolução do diretório nacional sobre reforma política. A proposta petista, que tem como centro o relatório dos deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Rubens Otoni (PT-GO), propõe o financiamento público das campanhas eleitorais, a fidelidade partidária e a votação em lista de candidatos preordenadas com cota de gênero.
- O fim da reeleição não é assunto. Nunca foi. O partido foi contra lá atrás. Hoje tem alguns a favor, os que estão no primeiro mandato. O PT selecionou em sua proposta o que considera mais importante - disse Soriano.
O dirigente petista confirmou que o partido incluirá na sua proposta uma mudança na lei da cláusula de desempenho, para atender a PCdoB e PSB, que querem a redução da cláusula de 5% para 2% dos votos nacionais nas eleições para a Câmara.
- Com a votação em lista e a fidelidade os partidos de aluguel vão desaparecer com o tempo. Por isso, é viável reduzir a cláusula - afirmou Soriano.
Ele explicou que existem duas propostas no partido sobre a cota de gênero na lista. Uma que determinaria que, na lista, cada candidato homem seria seguido de uma candidata mulher. Outra pela qual a cada dois homens seria colocado o nome de uma mulher na lista.
A proposta do PT de reforma política também prevê a autoconvocação de plebiscitos e referendos mediante um percentual de assinaturas em relação ao total do eleitorado do país. Defende ainda que sejam aprovadas leis que permitam a participação direta da população na formulação do Orçamento da União e no controle da execução orçamentária.
Dívida do partido está em R$ 48 milhões
Os três andares do edifício Toufic, no Setor Comercial Sul de Brasília, foram reformados para abrigar a direção nacional a um custo de R$ 600 mil
O encontro dos dirigentes petistas continua neste sábado, quando o diretório nacional receberá um informe sobre a situação financeira do partido. O secretário de Finanças, Paulo Ferreira, informou nesta sexta-feira que a dívida total do partido é de R$ 48 milhões. Destes, R$ 37 milhões se referem aos recursos administrados pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares e pelo publicitário Marcos Valério, que deram origem ao escândalo do mensalão; e R$ 11 milhões relativos a dívidas da campanha pela reeleição do presidente Lula. Paulo Ferreira disse que a dívida está toda renegociada com gráficas, fornecedores e os bancos BMG, Rural e Banco do Brasil.
Para quitar esta dívida, ele disse que o partido está fazendo um apelo para que os quatro mil petistas que ocupam cargos comissionados em governos, e que estão inadimplentes, quitem as contribuições em atraso.
A sede nacional do PT foi transferida definitivamente para Brasília, Os três andares do edifício Toufic, no Setor Comercial Sul de Brasília, foram reformados para abrigar a direção nacional a um custo de R$ 600 mil. Nos próximos dias, a sede de São Paulo, na rua Silveira Martins, será desativada e alugado um imóvel menor e mais acanhado para abrigar apenas uma parte das áreas de Relações Internacionais, Finanças e Mobilização Social. O escritório que o PT tinha no Setor de Rádio e Televisão Sul de Brasília também foi desativado.
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