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Fernanda Richa: distribuição de cobertores por todo o estado. | Rogério Machado/SECS
Fernanda Richa: distribuição de cobertores por todo o estado.| Foto: Rogério Machado/SECS

A reforma administrativa do governo Beto Richa, aprovada ontem pela Assembleia, custará aos cofres públicos pelo menos R$ 8,6 milhões adicionais com os 295 novos cargos comissionados (de livre nomeação) que foram criados – um aumento de 8% no número de vagas em comissão do governo, que hoje é de 3,6 mil servidores. Além disso, a reforma concentrará poderes nas mãos de familiares do governador.

O projeto prevê que a Secretaria de Infraestrutura e Logística, comandada pelo irmão do governador, Pepe Richa, assuma as funções de duas secretarias agora extintas: a de Transportes e a de Obras. Já a pasta da Família e Desenvolvimento Social, dirigida pela primeira-dama Fernanda Richa, passa a acumular funções que eram de três secretarias: da Criança e Juventude (apenas renomeada), do Trabalho e da Justiça. As duas últimas perdem funções de assistência social.

O novo desenho da administração estadual concentra poder de tocar obras públicas nas mãos de Pepe Richa e os programas sociais nas de Fernanda Richa.

Pepe será responsável, por exemplo, pelo controle do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), da Ferroeste, do Detran e dos Portos de Paranaguá e Antonina. Além disso, ele poderá nomear 69 servidores comissionados (nenhum cargo foi criado: eles já existiam nas duas pastas extintas).

Já a atual a Secretaria da Família, com o pacote aprovado ontem, ganha 127 cargos em comissão que foram criados. A pasta ainda terá mais 32 cargos em comissão vindos da Secre­­taria do Trabalho, em função da transferência do setor de promoção social para a secretaria de Fernanda. Com os cargos que já estavam à disposição da renomeada Secretaria da Criança, a primeira-dama controlará um total de 212 servidores de livre nomeação. Com isso, os dois supersecretários terão juntos, 281 cargos comissionados à disposição.

O pacote de projetos da reforma administrativa também prevê a criação de 118 cargos comissionados para a Procuradoria Geral do Estado; 28 para a Secretaria da Justiça e 22 para a Secretaria do Trabalho.

O custo com os vencimentos dos 295 novos comissionados será R$ 644 mil mensais – o que dá os R$ 8,6 milhões anuais, contando o 13.º salário.

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