Apesar de a presidente Dilma Rousseff (PT) ter prometido, inicialmente, acabar com pelo menos dez ministérios, somente oito pastas foram cortadas na Esplanada na reforma ministerial.
A presidente também decidiu reduzir em 10% o salário dela, do vice Michel Temer e dos ministros. Ela ainda suprimiu 3 mil cargos comissionados e 30 secretarias ministeriais, fundindo algumas delas nos chamados “superministérios”, como o da Previdência Social e Trabalho. Para ela, a fusão dessas pastas tem o objetivo de “fortalecer e dar maior eficiência e foco às políticas públicas”.
Dilma também anunciou a redução de 20% nos gastos de custeio e contratação de serviços nos ministérios, além da criação de metas para a redução nas contas de água e energia e nas despesas com telefone e passagens aéreas.
“Isso vai contribuir para que o país saia mais rapidamente da crise e vai ajudar as medidas de reequilíbrio fiscal e controle da inflação, além de consolidar a estabilidade macroeconômica, aumentando a confiança na economia”, disse a presidente Dilma.
Os superministérios terão ainda “vice-ministros”, responsáveis, cada um deles, pelas subdivisões ministeriais. O governo anunciou também que ministros não poderão mais viajar em primeira classe.
Foi durante a madrugada de sexta-feira (2) que o governo fechou o nome para comandar o superministério que unirá as secretarias das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, que ficou com Nilma Lino (PT). Na tarde de quinta (1), após reuniões com o vice-presidente Michel Temer e com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Dilma fez uma última concessão ao partido aliado e aceitou os nomes dos deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) para a Saúde e Celso Pansera (PMDB-RJ) para a Ciência e Tecnologia.
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