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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

As obras do Palácio Iguaçu só deverão começar de fato no próximo ano. Segundo o governo do estado, oficialmente o prédio construído em 1953 já está em reforma desde junho, quando foi desocupado. Mas até agora foram feitos apenas um levantamento do que será necessário para manter a estrutura do prédio, medidas de segurança e estudo do projeto inicial.

A secretaria estadual de Obras Públicas informou que esse levantamento é demorado pelo fato de não se tratar apenas de uma simples reforma, mas também de uma obra de restauração. Assim que essa fase inicial terminar, haverá um processo licitatório para que uma empresa assuma a responsabilidade pelas obras. A previsão feita pelo ex-secretário estadual de Obras e ex-assessor especial para a reforma do Palácio Iguaçu, Luiz Caron, era de que o prédio estaria pronto para o retorno do governador e de funcionários em meados de 2009.

Caron disse, na época, que as reformas deveriam ocorrer com urgência, pois havia "aspectos estruturais preocupantes". Segundo o ex-secretário, o Palácio Iguaçu não está dentro das normas modernas de segurança, o que compromete a funcionalidade do edifício, que tem 75 metros de comprimento e 20 metros de altura. Não há no prédio hidrantes e nem escadas de emergências na possibilidade de um incêndio.

Caron deixou o governo após desentendimentos públicos com críticas diretas de seu filho Guilherme ao governador Roberto Requião (PMDB). No lugar dele entrou Júlio César de Souza Araújo Filho, ex-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná.

Entre os principais problemas existente no Palácio Iguaçu estão rachaduras nas paredes, infiltrações, vidros não previstos no projeto original, fiações elétricas para a instalação do ar-refrigerado inadequadas, "gambiarras" elétricas e madeira corroída. As rachaduras aparecem em lajes, pilares e vigas, onde há ferrugem corroendo. Os pisos de madeira estão infestados por cupins.

A colocação de vidros temperados, adaptações para deficientes físicos e impermeabilização no teto também fazem parte da reforma. As esquadrias dos vidros deverão ser trocadas.

A previsão do valor das obras no primeiro mandato de Requião (2003–2006) era de R$ 10 milhões. Mas com o esvaziamento do local e o levantamento inicial, esse custo de ser bem mais alto. Esse aumento do valor da reforma, entre outros detalhes, é em função da escolha do estilo do mármore utilizado. No projeto original foi usado "mármore branco Paraná", que é raro e com custo altíssimo. Os detalhes artesanais e artísticos também devem fazer diferença no orçamento, uma vez que deverá ser um trabalho manual de artesãos.

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