Outras sedes passam por obras
Outras sede oficiais de governos também estão em reforma ou passarão em breve por obras. Com projeto orçado em R$ 88 milhões, a restauração do Palácio do Planalto deve terminar em 21 de abril. Desde o fim de março de 2009, o presidente Lula teve seu gabinete transferido para o Centro Cultural Banco do Brasil. No Rio Grande do Sul, a restauração de parte do Palácio Piratini, em Porto Alegre, deve começar nesta semana. A reforma deve durar seis meses, ao preço de R$ 1,7 milhão. E em Curitiba, a Câmara Municipal deve publicar o edital de licitação para a reforma do seu prédio histórico até o fim deste mês. (RD)
O governador Roberto Requião (PMDB) assina hoje a ordem de serviço que vai dar início à reforma do Palácio Iguaçu, a sede do governo estadual, no Centro Cívico, em Curitiba. A restauração do prédio custará R$ 23,5 milhões um valor 4,9% menor do que o máximo previsto no edital de licitação, que estipulava gastos de até R$ 24,7 milhões. Segundo o secretário estadual de Obras, Júlio Araújo Filho, a restauração de todo o edifício deve ocorrer até o fim de outubro.
É a primeira reforma do Palácio Iguaçu desde que foi inaugurado, em 1953. A obra prevê a substituição das instalações elétricas e hidráulicas, o reforço da estrutura do prédio, assim como a modernização de seu interior que contará com novas tecnologias de controle e automação, internet sem fio, segurança, proteção contra incêndio e novo sistema de ar condicionado.
O prédio abrigou o governo estadual até maio de 2007, quando houve a mudança provisória de sede para o Palácio das Araucárias, também localizado no Centro Cívico.
Projeto original
O secretário de Obras afirma que a reforma pretende resgatar características do projeto original, que nunca chegou a ser finalizado. Uma delas é a instalação de vidros esverdeados na fachada do Palácio Iguaçu em substituição aos transparentes de hoje. O verde é a cor original do projeto, do arquiteto David Xavier Azambuja. Mas, na época, os vidros desse tipo não teriam sido instalados porque eram caros demais.
Um grupo de arquitetos se insurgiu contra a ideia de mudar a fachada do Palácio Iguaçu. Em setembro de 2008, o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo, Orlando Ribeiro, e outros professores e representantes de organizações da área procuraram o Ministério Público a fim de impedir que ocorressem mudanças na fachada do prédio. Eles reivindicavam que fossem mantidos os desenhos das esquadrias da fachada, o uso de vidro transparente e os pilares livres de intervenções das lages. O MP então intermediou uma reunião com representantes da Secretaria de Obras, na qual os arquitetos expuseram suas preocupações.
Segundo Júlio Araújo, a reforma não trará alterações na fachada do prédio. "Vamos recuperar a tonalidade esverdeada do projeto original, logicamente mantendo a transparência dos vidros", disse ele. "Na época (em 2008) houve uma preocupação de que a fachada ficasse opaca, mas isso não vai acontecer." Segundo ele, o vidro a ser usado é esverdeado, mas a fachada vai continuar transparente.
Ao saber que o projeto de execução da reforma do Palácio Iguaçu irá iniciar, o arquiteto Orlando Ribeiro disse ontem que vai entrar em contato com a Secretaria de Obras, para saber dos detalhes da construção. "O nosso interesse é que seja mantido o desenho original das esquadrias e a transparência do vidro que será colocado. A transparência tem forte significado não só para a arquitetura, mas também traz o significado de transparência pública."
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