• Carregando...
Temer recebeu a proposta de reforma do PMDB: “briga” com o PT. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Temer recebeu a proposta de reforma do PMDB: “briga” com o PT.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em resposta às manifestações do último domingo (15), o PMDB encaminhou nesta terça-feira (17) ao vice-presidente Michel Temer proposta de reforma política elaborada pelo partido. Uma proposta que diverge consideravelmente da defendida pelo PT.

O ponto mais polêmico diz respeito ao financiamento de campanha. Enquanto os petistas são favoráveis ao financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais, os peemedebistas defendem a participação do setor privado, mas com a limitação de doarem a apenas um candidato majoritário.

Com o comando da Câmara e o Senado, o PMDB promete agilizar a votação de pontos da reforma como forma de atender à “voz das ruas” – e responsabiliza exatamente o PT e o governo Dilma pela demora na sua aprovação.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o Senado aprovou vários pontos da reforma, que acabaram parados na Câmara, por falta de “protagonismo” do governo federal.

“Fizemos uma profunda reforma há 12 anos que tramitou rapidamente no Senado e teve muita dificuldade para tramitar na Câmara. Faltou sobretudo nesses momentos o protagonismo do governo e o protagonismo do PT”, atacou Renan. “Eu espero que a partir de agora, com o protagonismo da presidente da República e com o protagonismo do seu partido, o PT, nós tenhamos condições para levar adiante essa reforma política”, completou.

Para o senador, o PMDB tem que conduzir o processo da reforma política por ser o “maior partido” do Congresso e aquele que reúne o maior número de governadores eleitos no país. “As ruas, mais do que nunca, cobram a continuidade das propostas. Mais do que qualquer outro partido, o PMDB tem legitimidade para propor essa proposta que está sendo cobrada pela sociedade brasileira.”

Além da continuidade do financiamento das campanhas por parte da iniciativa privada, a reforma do PMDB também inclui a criação do chamado “distritão”, em que os deputados federais, estaduais e vereadores mais votados nos estados são eleitos, sem as regras do quociente partidário que permite que alguns menos votados sejam eleitos. Outro ponto defendido pela sigla é o fim da reeleição, com mandatos de seis anos.

Temer disse que o Congresso será “protagonista absoluto” da reforma política, liderado pelo PMDB. “Temos a obrigação de não falharmos. O país confia no PMDB.” Renan promete votar esta semana no Senado a proposta que obriga a quem disputar a reeleição deixar o cargo seis meses antes do pleito e começar a discutir o modelo de financiamento das campanhas eleitorais.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]