A presidente Dilma Rousseff disse, nesta sexta-feira, que a regra de seu governo é "tolerância zero" com a corrupção. Dilma afirmou que os partidos aliados podem fazer indicações para sua equipe, mas não devem interferir na condução dos ministérios.
"Este foi um ano de grandes desafios. Meu governo não tem nenhum compromisso com práticas inadequadas, com mal feitos e com a corrupção. É tolerância zero. Vou cada vez mais exigir que os critérios de governança sejam critérios internos do governo", afirmou a presidente.
Antes de participar do balanço do Brasil sem Miséria, a presidente tomou café da manhã com jornalistas que cobrem a rotina do Palácio do Planalto. Ela destacou a importância dos partidos para a governabilidade, mas colocou limites na atuação dos aliados.
"Não vamos permitir que nenhum partido político interfira nas questões internas do governo. Uma coisa é a governabilidade. É importante que os partidos participem, indiquem nomes, mas, a partir da indicação, ele presta contas ao governo e a mais ninguém", afirmou Dilma.
A presidente negou que vá fazer uma reforma ministerial em janeiro, conforme está sendo cogitado entre aliados. Dilma disse ainda que não vai extinguir ministérios, para reduzir a estrutura administrativa. Segundo ela, alguns ministérios, como Fazenda, têm uma grande responsabilidade no governo; e outros, com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, têm importância política.
"Não é isso (número de ministérios) que faz a diferença para o governo", afirmou Dilma.
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