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Pela terceira vez em seu depoimento na CPI do Mensalão o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi repreendido pelo relator Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG). O deputado acusou Delúbio de cair em contradição. Antes, o presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RR), pediu que Delúbio fosse mais objetivo em suas respostas.

Delúbio confirmou o repasse de dinheiro a Valdemar Costa Neto, do PL, e a José Carlos Martinez, do PTB, e, depois de sua morte, a Roberto Jefferson, do mesmo partido. De acordo com o relator, Valdemar alega que usou o dinheiro para pagar dívidas do partido, protegendo, assim os deputados de seu partido. No PTB, a estratégia usada é a mesma. Já no PT, os deputados ficaram vulneráveis, sem proteção do partido.

- Como cada partido usava o dinheiro eu não sei - disse.Segundo Delúbio, não há compra de deputados no PT. Os deputados que realizaram saques em nome do partido eram também presidentes do diretório regional e tinham objetivo de quitar dívidas de campanha de 2004.

Acusado de contradição, Delúbio disse:

- Estou aqui para esclarecer.

E continuou justificando que os empréstimos feitos através das empresas de Marcos Valério tiveram três objetivos.

- Pagar débitos da campanha de 2002 dos diretórios regionais que ajudaram na campanha do presidente Lula no primeiro e no segundo turno nos estados. Na preparação da campanha eleitoral de 2003 com partidos da base aliada e na preparação da campanha eleitoral propriamente dia em 2004 - afirmou.

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