O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), adiou para a manhã de quarta-feira (21) a apresentação do relatório final da comissão, segundo informações da Agência Câmara. A previsão era que o texto seria divulgado na terça-feira (20).

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A CPMI, criada para investigar as relações do empresário Carlinhos Cachoeira com políticos, deverá confirmar que a empreiteira Delta, que tem contratos com o governo federal, foi usada para dar aparência legal ao dinheiro do esquema, tudo com o apoio de políticos.

Mas as investigações da comissão não avançaram significativamente em relação ao já apurado pela Polícia Federal (PF).

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Dominada pela base governista, a CPI deixou de investigar entre outras coisas ramificações do esquema em São Paulo e no Rio. Apesar de a Delta ter expandido seus negócios na gestão do atual governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), ele não foi convocado a prestar depoimento.

Até domingo (18) à noite, o relator ainda manifestava dúvidas sobre pedir o indiciamento do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) - que, segundo a PF, teve o governo loteado por indicados de Cachoeira, entre outras acusações.

O governador Agnelo Queiroz (PT-DF), que teve seu chefe de gabinete envolvido no caso, não será alvo do relatório do petista.

Os dois governadores, que negam participação em irregularidades, são investigados pelo Superior Tribunal de Justiça.

Entre os deputados, o relator deve pedir o indiciamento de Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO) por vários crimes. O tucano seria um dos braços políticos de Cachoeira. O deputado responde a processo na Corregedoria da Câmara.

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No relatório, também haverá o pedido de indiciamento do prefeito de Palmas (TO), Raul Filho (eleito pelo PT), que aparece em vídeos negociando com Cachoeira.

Tanto o deputado quanto o prefeito também negam irregularidades.

Apesar de a comissão não ter analisado todos os documentos que estão em sua posse - o que foi algo de reclamações da oposição--, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse que o trabalho terá prosseguimento.

"O material que não foi analisado, por força do tempo, deverá seguir para o Ministério Público, para providências", informou.

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