Em entrevista concedida à Rádio Estadão na manhã desta quarta-feira (6), o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator da Comissão Especial do Impeachment, disse que seu parecer sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo vai levar em consideração “principalmente” as pedaladas fiscais cometidas pelo governo petista – além dos decretos de créditos suplementares de 2015.
O parecer deve ser apresentado à comissão por volta das 14h desta quarta. “Esse é o ponto principal da denúncia e, como teve um rito do STF determinando o caminho do objeto de análise, nós ficamos em cima pra não suscitar nenhuma possibilidade de judicialização”, disse Arantes.
Foco do impeachment, pedaladas fiscais explodiram durante a gestão Dilma
Leia a matéria completaDurante a manhã desta quarta, o deputado continuava finalizando o parecer, mas revelou já ter certeza do seu voto sobre o impeachment. “Fizemos um trabalho profundo de estudo técnico sobre questão orçamentária, financeira e também o aspecto político. Estou nos últimos capítulos, mas só vou formalizar o voto na leitura do parecer”.
Arantes também voltou a afirmar que não há golpe em curso para retirar a presidente do poder. “Nós temos uma constituição que ampara cidadão. Não tem golpe, nem de um lado ou do outro, estou tranquilo porque não vou participar de um relatório com essa característica.”
Os dois dias entre a entrega da defesa da presidente a apresentação do relatório foram considerados suficientes para o deputado. “Deu tempo, fizemos confronto ponto a ponto, passamos noite adentro. Há a necessidade de urgência e agilização porque temos que dar dois dias para pedidos de vista”, comentou o relator.
A expectativa é que, após a análise dos deputados, a votação seja iniciada no fim da tarde de segunda-feira (11). Durante a discussão do processo, o tempo acordado para cada deputado dar sua opinião será de cinco minutos.
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