O relator da CPI mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta quarta-feira (29) considerar inócuo o colegiado pedir novas quebras de sigilos de suspeitos de participar do esquema de corrupção na estatal. "Não vejo necessidade de mais quebras neste momento", adiantou o relator.
Maia acrescentou, porém, que a decisão só será tomada na reunião administrativa da comissão, marcada para a próxima quarta-feira. Uma nova remessa de dados referentes a transações bancárias e telefônicas de grandes construtoras também pode não entrar no alvo da CPI. "Quebrar sigilos das empreiteiras, de forma genérica, talvez não contribua porque são informações generalizadas. Seriam seis meses para chegar (as informações) e uma loucura para analisar tudo", justificou Marco Maia.O relator defendeu ainda que a CPI passe a se reunir até três vezes por semana. O prazo de atuação do colegiado se encerra no dia 21 de novembro.
Marco Maia e Vital do Rêgo, presidente da comissão, trabalharão para estender o prazo até o final de dezembro. Para isso, precisarão recolher assinaturas na Câmara e no Senado, em um requerimento determinando a ampliação da data-limite de conclusão das apurações. Maia pretende, no entanto, apresentar seu relatório final no dia 10 de dezembro.