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O deputado Carlito Merss (PT-SP), relator do Orçamento de 2006, disse nesta segunda-feira que a resolução do PT, aprovada no sábado, é clara ao cobrar redução dos juros e que o partido deixou claro que não pode se confundir com o governo. Ele lembrou que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorda que o Banco Central exagerou ao manter os juros altos por um período tão longo, o que teve reflexo na retração da economia no terceiro trimestre.

- O PT não é o governo, é o partido do presidente do governo, e não pode se confundir com o governo. O que a nota defende é a redução dos juros para o ano que se inicia. E o próprio Lula concorda que o Banco Central exagerou nos juros. Poderíamos estar defendendo agora juros de 16%, mas está difícil porque ainda estamos nos 18% - afirmou.

Carlito Merss disse ainda que a imprensa exagera ao falar da disputa interna entre os ministros Antonio Palocci, da Fazenda, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, sobre a política econômica. Segundo ele, os dois têm razão.

- Só estamos mais tranqüilos agora por causa do Palocci. Foi ele que garantiu R$ 14,3 bilhões de investimento no orçamento de 2006. Temos que retomar os investimentos, baixar juros e manter o superávit de 4,25%. Eu assino embaixo da nota do PT - afirmou.

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