A sessão do Conselho de Ética que analisa o processo de cassação do deputado Roberto Brant (PFL-MG) foi suspensa por causa do início da ordem do dia no plenário da Câmara antes de o relator, Nelson Trad (PMDB-MS), ler seu voto, que propõe a perda do mandato. No voto, distribuído aos parlamentares, o relator diz que os atos praticados pelo deputado "o colocaram em franca oposição aos preceitos do Código de Ética e Decoro Parlamentar".
O relator conclui que a conduta de Roberto Brant na campanha à prefeitura de Belo Horizonte em 2004 referente à prestação de contas dos recursos recebidos "configura objetivamente violação ao decoro exigido a todos os congressistas". O relator diz que "os fatos constituem ilícito eleitoral a partir do recebimento e uso de recursos na campanha eleitoral de 2004 sem declaração de origem e destinação na prestação de contas".
Para o relator, houve vantagem indevida quando o deputado se apropriou de receitas e fontes não-declaradas na prestação de contas.