O relator da PEC do Teto na Câmara dos Deputados, Darcísio Perondi (PMDB-RS), previu nesta terça-feira (25), que o governo conseguirá mais de 370 votos a favor da medida que restringe o aumento dos gastos públicos, ampliando os 366 conseguidos na primeira votação.
Em entrevista à Rádio Estadão, ele afirmou que já está convocando a base aliada para conseguir o quórum mínimo para apreciação da medida em segundo turno na Câmara e estimou de 10 a 12 horas de sessão.
Ele descartou que desdobramentos recentes do noticiário político, como a prisão de Eduardo Cunha, possam atrapalhar a votação da PEC do Teto e destacou que os deputados estão cientes de que a crise econômica é verdadeira. “Se os parlamentares não responderem às multidões e à crise, nós seremos banidos na política nos próximos dois anos”, disse.
Ao defender a PEC do Teto, Perondi disse que a Saúde e a Educação já sairão com pisos robustos de gastos e serão reajustados, assim como as demais setores, pela inflação do ano anterior. Ele destacou também que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o salário-educação, o Prouni, o piso nacional dos professores e o Fies não estão incluídos na PEC do Teto.
“O doente está grave, o remédio não pode ser forte para matar o doente, por isso que dura 10 anos o primeiro período do tempo (de vigência da PEC 241). O governo vai reduzir as despesas primárias para se endividar menos para pagar as contas e tentar reduzir o juro”, afirmou. Ele também defendeu, como passo seguinte à PEC do Teto, a aprovação da Reforma da Previdência.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa