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Um relatório do Departamento de Controle de Vôo da Aeronáutica em poder da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do setor aéreo afirma que faltam controladores no Brasil e que o sistema está no limite.

Por causa de documentos apresentados pela Aeronáutica, a sessão foi fechada.

O representante do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) apresentou um documento com o diagnóstico da situação do tráfego aéreo no Brasil. O relatório é do final de 2005. Um plano de desenvolvimento para os anos de 2006 a 2009 e o comando da Aeronáutica acaba reconhecendo algumas críticas dos controladores.

O documento afirma: "os principais problemas enfrentados pelo Decea são devido à rápida obsolescência e à limitação dos equipamentos e sistemas."

Em outro trecho diz que "devido ao aumento na demanda do tráfego aéreo, à redução da separação entre aeronaves, indesejáveis conflitos de tráfego aéreo eventualmente ocorrem."

Ainda sobre segurança do tráfego aéreo, o documento explica que "órgãos dos serviços de tráfego aéreo estão se aproximando do limite de sua capacidade operacional, em termos de equipamentos e pessoal."

Contratação

O comando da Aeronáutica reclama ainda que há anos perde profissionais qualificados. E que precisaria contratar 600 controladores e 800 técnicos.

Mas o diretor do Decea explicou que muitos desses problemas já foram resolvidos e que a questão dos equipamentos obsoletos é que nos próximos anos o controle aéreo passará a ser apenas por satélite.

"O que nós apresentamos é que o sistema de conceito é que está sendo modificado. E não é só do Brasil, o mundo inteiro está mudando. Então, não são equipamentos, mas o conceito é que está obsoleto e vai ser modificado nos próximos dez anos", disse o brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do Decea.

Para os senadores da CPI, o problema é outro. "Falta principalmente coordenação, porque se a Infraero for fazer uma coisa, a Anac for fazer outra, o comando da Aeronáutica for pra outra direção, o caos vai se instalar de maneira definitiva", afirmou o relator da CPI, Demostenes Torres (DEM-GO).

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