O relatório da CPI dos Correios, que será apresentado nesta terça-feira, terá pelo menos 130 pedidos de indiciamentos de políticos - aliados do governo e da oposição - e de dirigentes de partidos e de estatais. Até o início da noite deste domingo, o documento preparado pelo relator geral Osmar Serraglio (PMDB-PR) tinha esta quantidade de pedidos de indiciamentos.
O número pode crescer em pelo menos 10 ou 20 nomes, porque Serraglio ainda está definindo como vai tratar a situação dos parlamentares que respondem ou responderam a processos no Conselho de Ética da Câmara.
Os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken também deverão ser indiciados, garantiram integrantes da CPI. Serraglio ainda decidia de que forma eles teriam o seu indiciamento pedido. A citação aos dois ex-ministros, aliados próximos do presidente Lula durante os três primeiros anos de governo, deve motivar uma das maiores disputas entre governo e oposição durante a discussão e votação do relatório final da CPI.
O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, aquele que recebeu uma caminhonete Land Rover da construtora baiana GDK que têm contratos com a Petrobras, terá o seu indiciamento pedido por tráfico de influência e formação de quadrilha. O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de superfaturamento num dos contratos da empresa com a estatal.
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