Numa reunião terminada no início da noite, o presidente da CPI dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), acertou com os sub-relatores e o relator-geral, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), um cronograma para apresentação e votação do relatório final da comissão. O documento deve ser apresentado no dia 28 e terá de ser votado até o dia 6 de abril.
Segundo Delcidio, será apresentado no dia 28 um resumo do relatório e feito um pedido de vista coletiva. Com isso, os parlamentares devem ganhar uma semana para analisar o relatório. Embora tenha sido cogitada a possibilidade de o documento ser votado de maneira fracionada, ficou acertado que o texto será votado de uma só vez.
Nesta quarta-feira, a CPI começou a debater também os pontos mais polêmicos do relatório e a identificar como devem votar os parlamentares que fazem parte da comissão. Na reunião, foi discutido um critério para o cruzamento feito pelo programa de computador I2, que analisa o banco de dados da CPI e faz um cruzamento das informações obtidas com as quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico de todos os investigados pela comissão com a lista de assessores parlamentares do Congresso.
Foi por causa deste trabalho que se criou nos bastidores da CPI a expectativa de que outros parlamentares, além dos que já respondem a processos no Conselho de Ética, possam ter recebido recursos do empresário Marcos Valério ou das corretoras investigadas pelos negócios feitos com os fundos de pensão patrocinados por empresas estatais. Até agora, entretanto, não há uma conclusão sobre o levantamento porque ele ainda não foi concluído.
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