O relatório final da CPI dos Correios, elaborado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), deve ser lido na tarde desta quarta-feira. A citação do nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no texto foi intensamente negociada entre governistas e oposição na comissão. A forma que os governistas aceitam é aquela em que Lula é citado como conhecedor da informação de Roberto Jefferson de que havia mensalão, mas que pediu providências ao então presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP).

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O relator não deve avançar o sinal combinado com o governo nesse ponto. Ele não tem elementos para tal e, além disso, dificultaria a aprovação do relatório. Nem os pefelistas que costumam ser mais radicais na oposição ao governo insistem numa citação mais direta e comprometedora, e também consideram que traria problemas para a aprovação do relatório.

Os governistas ameaçam apresentar um relatório paralelo se o texto de Serraglio contrariar o que deseja o Palácio do Planalto.

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Pelas contas feitas na reunião, o relatório - mesmo sendo uma peça contundente de acusação contra o governo - seria aprovado. O placar: 16 a 15 a favor do relatório ou 17 a 14.

O relatório deve ter pelo menos 130 pedidos de indiciamento, o que deve incluir José Dirceu e Luiz Gushiken. Os 18 deputados que responderam a processos no Conselho de Ética da Câmara também deverão estar entre os indiciados.