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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Um relatório sigiloso do Ministério Público Federal (MPF), cujo conteúdo foi divulgado nesta segunda-feira pelo Jornal Hoje, apresentou o resultado da análise de mais de 50 mil litros de leite apreendidos em agosto na Casmil, cooperativa agropecuária localizada na cidade de Passos (MG). A investigação confirma a contaminação do leite com peróxido de hidrogênio, que é conhecido como água oxigenada, e diz que o produto poderia causar danos à saúde. Nesta segunda-feira, os fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária voltaram às ruas para fazer mais buscas por leite adulterado.

O relatório afirma que o leite com água oxigenada, se fosse ingerido em pequenas quantidades, poderia provocar problemas no estomago e no intestino. Se a concentração fosse muito alta, o produto poderia até matar ou provocar a perfuração das córneas se em contato direto com os olhos.

Segundo o documento, a substância era misturada ao leite, entre a ordenha e o beneficiamento, e levava até quatro horas pra ser diluída. O tempo era suficiente para não aparecer nos testes do Ministério da Agricultura.

Além de aumentar o prazo de validade do leite, o golpe era usado para mascarar más condições de higiene, conservação e transporte. A análise mostrou também que a mistura ainda provocava a destruição das vitaminas A e E, duas das mais importantes contidas no leite.Destino do produto adulterado não foi identificado

O destino do leite contaminado, cujas amostras foram apreendidas na Coopervale, em Uberaba, ainda não foi identificado.

Mesmo para jogar a bebida no lixo, são necessários cuidados especiais. Faz três dias que a vigilância sanitária procura um local apropriado para despejar cerca de 66 mil litros de leite contaminados e apreendidos pela polícia.

O produto está nos tanques, da Coopervale, em Uberaba. A intenção é mandar o leite contaminado para alguma cidade de Minas Gerais ou de São Paulo. No entanto, ninguém quer receber esta carga.

Para evitar a repetição do problema, o Ministério da Agricultura intensificou a fiscalização nos 1700 laticínios do país.

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