O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), anulou oficialmente o relatório feito pelo senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que pedia o arquivamento do processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de receber ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.

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A anulação do relatório foi feita no despacho assinado por Quintanilha em que ele informa a nomeação da comissão de três relatores para o caso. Quintanilha também invalidou os três relatórios paralelos, chamados de "votos em separado", feitos pela oposição em contraponto ao de Cafeteira.

Com isso, valerá, a partir de agora, somente a conclusão final dessa comissão de relatores, formada pelos senadores Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE). "Declaro prejudicados o relatório de lavra do senador Epitácio Cafeteira e os votos a ele em separados apresentados", diz o despacho assinado por Quintanilha.

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No despacho, Quintanilha pede que Renan seja informado sobre isso, além do PSOL, autor do pedido de processo, e dos demais integrantes do Conselho de Ética. O presidente do conselho anulou o relatório de Cafeteira, mas declarou "convalidados" os demais atos praticados pelo órgão, como depoimentos e a perícia preliminar da PF nos documentos de Renan.

Cafeteira pediu licença por motivos de saúde logo após a leitura de seu relatório, que não chegou a ser votado. Desde então, ele permanece internado em São Paulo. Em nota divulgada recentemente, o senador pediu que o Conselho de Ética votasse seu relatório. Ele ainda não se manifestou sobre a decisão de Quintanilha. Com sua licença, assumiu Wellington Salgado (PMDB-MG), que deixou a função menos de 24 horas depois de assumi-la.

Perícia

A comissão de relatores pretende pedir à Mesa Diretora nesta terça (10) a formalização da solicitação da perícia final da Polícia Federal nos documentos apresentados por Renan. Os relatores devem dar um prazo de cinco dias para o presidente do Senado entregar novos documentos. A partir daí, a perícia deve ser feita. A PF estimou um prazo de 20 dias para sua conclusão.

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