O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), defendeu nesta terça-feira (1) o reajuste aos servidores da Casa aprovado pelo Congresso, e afirmou que será feito um remanejamento nas despesas para arcar com o aumento para os funcionários.

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O reajuste para os servidores da Câmara foi aprovado pelo Senado no dia 19 de maio depois de já ter sido ratificado pelos deputados. O projeto que estabelece o reajuste está agora nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser sancionado ou vetado. O reajuste médio aos servidores é de 15% e em alguns casos poderá ultrapassar 30%, segundo a primeira-secretária. A Casa estima em R$ 250 milhões os gastos extras para este ano porque o reajuste começa a vigorar em 1 de julho.

Temer defendeu o reajuste justificando que os servidores da Casa estão sem receber aumentos há mais de quatro anos. Ele disse que não haverá aumento de despesas para pagar o reajuste. "Vai ser com remanejamento de verbas aqui dentro da casa".

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O presidente da Câmara negou que o tema tenha sido aprovado sem a discussão necessária. "Isso não passou batido. Nós discutimos amplamente este tema aqui na Câmara dos Deputados. Isso foi amplamente debatido pelos servidores, não foi algo batido, algo na calada da noite, foi amplamente discutido".

Ele disse que o reajuste se justifica porque há defasagem dos vencimentos dos funcionários da Casa em relação a outros órgãos do serviço público. Temer afirmou que muitos concursados não têm tomado posse porque conseguem salários maiores em outros concursos.

Senado

O Senado também está discutindo um aumento para seus servidores. Naquela casa a discussão ainda está no âmbito da Mesa Diretora, onde o relator é o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI).

Na semana passada, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), defendeu em plenário que o reajuste para os servidores do Senado já deveria ter sido votado quando se aprovou o da Câmara. Ele afirmou que não pode haver "discrepância" entre salários nas duas Casas.

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