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O Conselho de Ética do Senado pode adiar a votação do relatório que pede o arquivamento do processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre o suposto apoio financeiro que recebeu de um lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos.

O pedido de adiamento foi feito pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), a pedido de Renan, durante a sessão do conselho.

Jucá propôs aos senadores o adiamento de votação até terça-feira (19) para que o Conselho de Ética faça uma perícia em cima dos novos documentos apresentados por Renan para rebater reportagem do Jornal Nacional desta quinta-feira (14).

A reportagem mostra divergências nos recibos de rendimentos rurais apresentados por Renan para comprovar a origem do dinheiro da pensão.

A postura de Renan em propor o adiamento ocorre depois de perceber o risco de não conseguir aprovar nesta sexta o relatório do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que pede o arquivamento do processo.

Com um placar apertado a seu favor, o presidente do Senado temia, por exemplo, perder os votos de Eduardo Suplicy (PT-SP) e Renato Casagrante (PSB-ES).

O clima foi tenso no Senado desde o início da manhã desta sexta. Renan reuniu-se logo cedo com senadores aliados no gabinete da líder do PT, Ideli Salvatti (SC).

Logo depois, o presidente do Senado recebeu integrantes do Conselho de Ética em seu gabinete, inclusive Cafeteira. A todos, mostrou documentos para rebater a reportagem do Jornal Nacional.

Renan ainda procurou os senadores da oposição, contrários ao arquivamento do processo. A oposição, porém, não se convenceu e manteve a posição de aprovar um relatório que pede a continuidade das investigações.

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