O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), declarou nesta quinta-feira, 4, ao chegar ao Congresso Nacional, que utilizou o avião da FAB enquanto presidente da Casa. "O avião da FAB, usado pelo presidente do Senado, é um avião de representação e eu utilizei o avião para representação, como presidente do Senado", disse Renan.

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Reportagem da Folha de S.Paulo de hoje revela que Renan usou jato da FAB para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso (BA), no dia 15 de junho. Diante da insistência dos jornalistas se o compromisso citado não seria pessoal, Renan preferiu não responder.

Deputado leva família para ver jogo do Brasil em jato da FAB

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Após denúncia de que usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar sete parentes de Natal (RN) ao Rio de Janeiro para assistir à final da Copa das Confederações, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou ontem que vai devolver aos cofres públicos cerca de R$ 7 mil referentes ao custo do transporte aéreo. O valor foi calculado pela assessoria do deputado tendo como base o preço médio de passagens de ida e volta entre Natal e o Rio.

A denúncia sobre o uso do avião da FAB para transportar a família de Alves foi publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo o jornal, além do deputado, estavam no avião a noiva de Alves, Laurita Arruda; o irmão dela, Arturo, e a esposa, Larissa; além de um filho e dois enteados de Alves. No voo de volta, um amigo de Arturo também pegou carona no jato da FAB, informou a reportagem.

O presidente da Câmara justificou o uso de um avião oficial alegando que tinha um compromisso de trabalho: um almoço no sábado com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), no qual também estava presente o senador Aécio Neves (PSDB). Mas o encontro não estava previsto na agenda de nenhum deles. Alves negou ainda que a viagem tivesse motivo de lazer ou turismo.

Apesar disso, o deputado decidiu devolver aos cofres públicos o custo referente às passagens aéreas que seus familiares teriam gasto se usassem um voo comercial. "Meu erro, e aqui eu reconheço, foi ter permitido que pessoas me acompanhassem pegando carona nesse voo para o Rio de Janeiro. Por esse erro, estou aqui reconhecendo e já mandei ressarcir o valor de cada passagem correspondente", disse Alves ontem ao chegar à Câmara.

De acordo com a reportagem, um jato C-99 da FAB foi buscar Alves e familiares em Natal, terra do deputado. Decolou às 19h30 de sexta-feira rumo ao Rio e retornou no domingo, às 23h, após o jogo do Brasil contra a Espanha. O Decreto 4.244/2002, que disciplina o uso de aviões da FAB por autoridades, diz que os jatos podem ser requisitados quando houver "motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente". O decreto não diz quem pode ou não viajar acompanhando as autoridades.

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