O senador e suas madeixas: tratamento estético viajando em avião da FAB teve repercussão negativa| Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters

Procedimento

Responsável pelo implante capilar em Renan, o cirurgião plástico Fernando Basto informou que ainda deve demorar até quatro meses para aparecerem os primeiros resultados da cirurgia. Sobre os custos do implante, Basto não revelou valores, mas disse ser acessível à classe média.

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10 mil fios de cabelo foram implantados no senador.

Depois da repercussão negativa sobre o uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para fazer um implante capilar, o presidente do Senado decidiu devolver aos cofres públicos os valores gastos com o voo. Renan Calheiros (PMDB-AL) informou ontem, em nota, que devolveu a quantia de R$ 27.390,25 à União, referente ao uso de um avião da FAB em 18 de dezembro, em viagem entre Brasília e Recife.

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Na agenda de Renan do dia 18 não constavam compromissos oficiais em Recife. Ele viajou para a capital pernambucana quarta-feira à noite e fez o procedimento estético no dia seguinte. No registro de voos da FAB consta que o motivo da viagem foi "serviço"; a previsão era de quatro passageiros.

O Hospital Memorial São José confirmou que Renan passou por um procedimento para implante de cabelos. A cirurgia foi realizada por Fernando Bastos, que também operou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, atualmente cumprindo pena por ter sido condenado no julgamento do mensalão.

Após a viagem do presidente do Senado a Recife se tornar pública, a assessoria de imprensa dele informou que faria uma consulta à FAB sobre o uso do avião e, se houvesse qualquer "impropriedade", reembolsaria os custos. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, após o procedimento estético, Renan foi de carro de Recife para Maceió, onde mora.

Histórico

Essa não é a primeira vez que Calheiros usa um jato da Aeronáutica para fins particulares. Em junho, ele foi a um casamento em Trancoso, no litoral da Bahia, em uma das aeronaves. Depois da má repercussão daquela viagem, ele reembolsou os cofres públicos em R$ 32 mil.

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O decreto presidencial 4.244, de 2002, diz que autoridades, como o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB por motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço, e em deslocamentos para o local de residência permanente.