Brasília - O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), reagiu às declarações do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que o acusa de chantagear o partido. Renan recomendou que o tucano procure um médico psiquiatra. Segundo Renan, "o caso de Virgílio é menos de política e mais caso de psiquiatria.
O líder peemedebista garantiu que não usou tom de ameaça nas conversas telefônicas que teve com Virgílio ou com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
Renan também negou que a acusação contra o senador tucano seja uma estratégia de seu partido para desviar o foco das atenções das denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
O PMDB vai apresentar a representação contra Virgílio na semana que vem. O partido acusa o senador de ter recorrido a um empréstimo de US$ 10 mil do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia quando o senador teve problemas com o cartão de crédito numa viagem particular a Paris, em 2003. Além disso, Virgílio é suspeito de receber R$ 723 mil do Senado pelo tratamento de saúde da mãe dele, quando o regimento permite gasto anual de R$ 30 mil.
Renan também foi acusado no colegiado. O PSol apresentou uma representação contra o senador, responsabilizando-o pela edição dos atos secretos decisões administrativas mantidas em sigilo nos últimos 14 anos.
Na volta do recesso parlamentar na próxima semana, o Conselho de Ética tem 12 reclamações para avaliar. São 11 acusações contra o presidente da Casa e uma contra Renan. Sarney é alvo de cinco representações por quebra de decoro parlamentar. Sarney é acusado de tráfico de influência e nepotismo.
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