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Líderes concordam que processo de Renan seja votado com rapidez

Os líderes do PSDB, do DEM e do PT concordaram, em debate de plenário, que seja acelerada a votação do processo a que responde o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A manifestação foi apresentada depois que o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), propôs que o Senado decida o rito a ser seguido nos próximos dias.

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PSOL pede apuração de nova denúncia contra Renan

A bancada do PSOL decidiu em reunião nesta terça-feira (4) que pedirá ao Conselho de Ética do Senado a inclusão das novas denúncias contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), no processo por quebra de decoro parlamentar que trata de suposto favorecimento por parte do senador à cervejaria Schincariol.

Os parlamentares do partido devem pedir informações à Polícia Federal sobre a denúncias na quinta (6) de manhã e, à tarde, devem formalizar o pedido de aditamento ao Conselho de Ética do Senado.

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O prometido pronunciamento no plenário do Senado de Renan Calheiros (PMDB-AL) frustou os senadores na tarde desta terça-feira. Em vez de rebater o relatório que pede sua cassação ou as novas acusações publicadas pelas revistas "Veja" e "Época", o senador afirmou que é vítima no processo e passou a maior parte do tempo atacando a Editora Abril, que publica a "Veja". No telão, Renan apresentou uma reportagem da TV Bandeirantes que aponta o uso de uma empresa "laranja" para a compra de 30% da Abril. Ele argumentou ainda que o laudo da PF demonstrou que seus documentos eram autênticos.

- O que restou? Absolutamente nada. Todas as mentirinhas viraram pó - disse.

O presidente do Senado reclamou ainda da decisão do Conselho de Ética de decidir o seu processo por meio de voto aberto:

- Como presidente, não posso deixar de registrar que o Direito Constitucional está sendo esmagado em nome do linchamento político.

Renan terminou seu discurso sem abrir para perguntas. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) chegou a esboçar questionamentos, mas foi cortado:

- Eu já acabei - disse Renan, deixando a tribuna.

Na segunda-feira, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse que vai investigar as novas denúncias contra Renan publicadas pelas revistas. Tuma já antecipou que votará pela cassação. O PSOL e o DEM também já preparam mais uma investida contra o senador alagoano no Conselho de Ética. Renan teria envolvimento num esquema de desvio de dinheiro público em ministérios comandados pelo PMDB.

Líderes concordam que processo de Renan seja votado com rapidez

Os líderes do PSDB, do DEM e do PT concordaram, em debate de plenário, que seja acelerada a votação do processo no Conselho de Ética. A manifestação foi apresentada depois que o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), propôs que o Senado decida o rito a ser seguido nos próximos dias. Mais cedo, a tropa de choque de Renan já havia desistido de novas manobras protelatórias sobre o processo .

Pela decisão, se o Conselho de Ética aprovar nesta quarta-feira o relatório pela cassação de Renan, o processo seguirá imediatamente para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), para examinar se o processo está seguindo de forma regimental e constitucional. Caberá ao presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), convocar a reunião para tratar do assunto. Com isso, o processo poderá ir a voto, de forma secreta, no plenário do Senado, na quarta-feira da próxima semana.

Senadores cobram presença de Renan no Conselho de Ética

A decisão de Renan de fazer o pronunciamento desagradou a vários senadores, inclusive de seu próprio partido, que cobram que ele dê explicações no Conselho de Ética, e não no plenário. Para eles, Renan deveria optar por falar aos senadores do Conselho, em sessão aberta.

Recentemente, Renan participou de reunião fechada com os três relatores do processo cujo relatório será votado nesta quarta e o presidente do colegiado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), na qual o perito contábil contratado por ele falou mais do que o próprio Renan.

- É uma defesa extra tempore porque a votação não é aqui amanhã. Por que não foi ao Conselho? Ele tem que se explicar no plenário quando a votação for aqui no plenário - reagiu o senador Gerson Camata (ES), do PMDB de Renan.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também cobrou a ida de Renan ao Conselho e afirmou que, se for possível, vai tentar fazer perguntas a ele durante o pronunciamento.

- Vamos ver se dá para fazer perguntas para esclarecer as dúvdias que ainda tenho - disse o petista.

Funcionária de Renan atribui denúncia de ex-marido a separação do casal

A ex-mulher do advogado Bruno Miranda Ribeiro Brito Lins, que acusou Renan de envolvimento num esquema de desvio em ministérios, a servidora do Senado Flávia Garcia, de 32 anos, atribui a denúncia ao processo de separação litigiosa de Bruno, de quem está separada oficialmente desde março de 2006. Flávia é filha do empresário Luiz Carlos Garcia Coelho, acusado por Bruno de comandar o esquema que envolveria Renan e outros políticos do PMDB.

Segundo Flávia, Bruno quer 20% de seu salário, mas não paga a pensão alimentícia das duas filhas que tem com ela. Segundo a servidora, Bruno estaria, inclusive, sendo procurado pela Justiça para ser intimado. A servidora disse que Bruno não trabalha e nem teria a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Afirma ainda que seu pai nunca foi lobista e que hoje é aposentado do INSS e apenas administra o patrimônio que construiu. Ela também afirma que Bruno freqüentava pouco a casa de seus pais e, portanto, não poderia ter tantas informações sobre o ex-sogro. Segundo ela, Bruno está aproveitando o momento de fragilidade de Renan para tentar atingi-la.

Flávia é assessora do cerimonial do Senado e trabalha desde 2003 com Renan, que foi padrinho de seu casamento com Bruno. O casal já havia se separado uma vez em junho de 2002, mas reatou no fim de 2003. A separação de corpos saiu em março de 2006.

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