O Conselho de Ética arquivou nesta quarta-feira (14) a representação número dois, em que o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é acusado de tráfico de influência para beneficiar a cervejaria Schincariol. A decisão foi tomada por nove votos sim e cinco abstenções.
O PSDB e o Democratas anunciaram que iriam se abster de votar o relatório em que o senador João Pedro (PT-AM) pede o arquivamento da representação número dois contra o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros. "O fato de não ter indícios não significa que o fato não aconteceu. O Democratas também vai [da mesma forma que o PSDB] se abster", disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), advertiu que o arquivamento da denúncia no Congresso não termina com a investigação. "O arquivamento não encerra o caso. O delegado vai continuar o encaminhamento. Não há provas, a não ser o contato com a Schincariol. Mas acredito que a polícia ainda vai investigar esse caso", disse.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), argumentou que Renan já quebrou o decoro no primeiro processo, em que Renan era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Gontijo, e também quando promoveu a crise no Senado. "O cerne está em que a crise em que está submetido ao Senado incorre na sensação de que houve quebra de decoro. Está sobre nós uma crise que não deveria ter nascido", disse o líder do PSDB, Arthur Virgílio.
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