O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não teria se sensibilizado com a nova pressão exercida pelos colegas de plenário para que saia da presidência da Casa. Conforme auxiliares, Renan ainda avalia que mantém força política para permanecer no cargo e enfrentar da presidência os três processos de cassação que já responde, e o quarto, que ainda precisa do aval da Mesa Diretora do Senado.
Nesta quarta-feira, Renan não quis conversar com a imprensa, e ficou por um breve período no plenário.
CPMF
O presidente do Senado conta com a necessidade do governo em aprovar a prorrogação da CPMF até 2011 para se manter na função. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) já foi lida no plenário do Senado pelo próprio Renan Calheiros. Portanto, já tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Mas, se depender da líder do PT na Casa, senadora Ideli Salvatti (SC), a CPMF será votada no Senado depois do desfecho do caso Renan Calheiros. "A sessão de ontem [terça-feira, quando Renan recebeu a maior pressão para sair da presidência desde o início da crise] foi um divisor de águas. As coisas vão se encaminhando para seu desfecho", ressaltou Ideli.
Os petistas admitem que a votação da CPMF deva acontecer apenas no final do ano, próximo à apreciação do Orçamento Geral da União de 2008. O próprio líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), ressaltou que o "ambiente precisa melhorar".
No Senado, a proposta não passa por comissão especial, como aconteceu na Câmara. Após aprovação na Comissão de Constituição e Justiça, ela precisa ser aprovada em dois turnos no plenário da Casa. Para ser promulgada, necessita dos votos favoráveis de 49 dos 81 senadores.