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Renan : escolha é da bancada | Marcos Oliveira/Agência Senado
Renan : escolha é da bancada| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Luiz Henrique mantém candidatura

Num encontro de cerca de 20 minutos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu, sem sucesso, ao senador Luiz Henrique (PMDB-SC) que aceitasse concorrer apenas dentro da bancada do PMDB a indicação do partido. Mas Luiz Henrique avisou que sua candidatura é "irreversível" e que ele vai concorrer com Renan dentro da reunião da bancada do PMDB – marcada para sábado – e no plenário do Senado, caso não vença a disputa interna.

Luiz Henrique pediu que Renan aceite sua candidatura como consensual dentro do partido.

"Falei que não posso deixar de concorrer, não falei [a expressão] bater chapa. E disse que, por isso, vim pedir o seu apoio para que você construa essa solução. Disse: quem sabe você sendo o grande articulador disso, você cresça ainda mais no âmbito partidário", disse Luiz Henrique.

Segundo ele, Renan não disse abertamente que era candidato. O atual presidente da Casa queria esperar até sábado para ser lançado como nome consensual, mas a ala dissidente surpreendeu e lançou Luiz Henrique, com apoio do DEM e PSDB.

A cúpula do PMDB está preocupada. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) fez um apelo a Luiz Henrique para que haja uma solução consensual dentro da sigla.

Ministros entram na campanha de Chinaglia

A poucos dias da escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados, ministros foram a campo para tentar atrair o apoio do PP, PR e PRB ao petista Arlindo Chinaglia (SP). Em um almoço em Brasília, os petistas ofereceram abrir espaço para as siglas aliadas na Mesa Diretora e nas comissões em troca da formação de um bloco governista pró-Chinaglia. O encontro reuniu dirigentes do PT, PDT, PCdoB, PRB, PSD, Pros e PSC, além dos ministros Pepe Vargas (Relações Institucionais), Ricardo Berzoini (Comunicações), Antonio Carlos Rodrigues (Transportes), Gilberto Kassab (Cidades) e Gilberto Occhi (Integração).

Disposto a se consolidar como candidato único à presidência do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reagiu indiretamente ontem à tentativa da ala independente do PMDB e da oposição de lançar a candidatura do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).

Em nota divulgada por sua assessoria, Renan afirmou que a indicação para o comando do Senado é feita pela maior bancada da Casa, neste caso o PMDB, e que o nome "a ser apoiado deverá ser aquele que for escolhido pela maioria dos 19 senadores do PMDB".

Renan resiste a se colocar ainda oficialmente como candidato à reeleição, mas trabalha nos bastidores para ser reconduzido ao cargo. Ele ficou irritado com o movimento do correligionário, segundo aliados. Um dos principais aliados do Planalto, Renan controla a maioria da bancada do Senado.

"O senador Renan Calheiros ponderou ao senador Luiz Henrique da Silveira que a indicação do nome para disputar a presidência do Senado Federal é feita pela maior bancada de modo a não violar a proporcionalidade e o regimento", afirmou o texto.

Candidato único

Mesmo sem divulgar sua candidatura, Renan tem trabalhado para tentar se consolidar como candidato único. De acordo com aliados, ele tem procurado colegas para pedir apoio e colocado em jogo a promessa de indicação para cargos relevantes em comissões e órgãos do Senado.

Pesa contra o peemedebista a suspeita de que ele pode ser investigado formalmente quando a Procuradoria-Geral da República apresentar as denúncias contra detentores de foro privilegiado nas apurações da Operação Lava Jato.

O peemedebista nega ter cometido quaisquer irregularidades, mas envolvidos nas investigações dão como certa sua citação no escândalo, o que o desgastaria, em caso de vitória na disputa.

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