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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que teve o pedido de cassação de mandato apresentado no Conselho de Ética, negou neste sábado, em nota , as denúncias publicadas pelas revistas "Época" e "Veja" desta semana. As reportagens foram feitas com base em depoimento do advogado Bruno Brito Lins, afilhado de Renan, que denuncia esquema de cobrança de propina e desvio de dinheiro público, envolvendo o presidente do Senado e o lobista - o empresário Luiz Carlos Garcia Coelho, ex-sogro do advogado. O ex-presidente do INSS, deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) e o líder do governo no Senado, Romero Jucá, também estariam envolvidos no esquema.

Em depoimento à Polícia Civil de Brasília, no ano passado, Bruno Brito acusa Luiz Coelho de montar um esquema de arrecadação de dinheiro para Renan em ministérios comandados por pessoas indicadas pelo PMDB, como a Previdência Social e Saúde. No depoimento, e em conversa com a revista Época, Bruno Brito confirmou que em pelo menos seis ocasiões buscou pessoalmente o dinheiro da suposta propina. Bruno afirmou que a propina era paga em dinheiro vivo, por bancos que receberam autorização do INSS para operar crédito consignado. Entre eles, está o BMG.

Na nota, Renan afirmou que as reportagens foram "requentadas" e destaca que o depoimento dado por Bruno no ano passado foi feito no curso de uma separação litigiosa de um funcionária de seu gabinete. Renan refere-se a Flávia Garcia - filha de Luiz Coelho e sua assessora no Senado - com quem Bruno Brito foi casado por seis anos.

"A Justiça não deu nenhum valor jurídico ao assunto, por tratar-se de visível expediente de provocar escândalo e pressões processuais sobre pessoas que nada tem a ver com briga de casais. O fato a mim atribuído é inteiramente falso, fruto de imaginação e má fé ", afirma um trecho da nota assinada por Renan.

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