O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pretende agilizar a votação da recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Renan disse à reportagem que sua intenção, que ainda será avaliada em reunião com líderes, é de apreciar o nome do procurador no plenário da Casa no mesmo dia em que ele for sabatinado pela CCJ, o que deve acontecer na semana que vem.
A mensagem da presidente Dilma Rousseff com a recondução de Janot ao cargo foi lida nesta quarta-feira (12) no plenário do Senado e será enviada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Seu relator deverá ser o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
A celeridade no tratamento do caso é vista como uma estratégia do peemedebista para evitar que o acusem de querer manobrar para adiar a recondução do procurador-geral. Renan é um dos nomes sob investigação da Procuradoria-Geral da República por ter supostamente recebido recursos no esquema de corrupção da Petrobras.
O peemedebista chegou a acusar Janot de agir politicamente na definição dos investigados, mas, nas últimas semanas, o senador decidiu diminuir o tom dos ataques públicos como uma forma de sair do foco. Renan cogitava fazer uma manobra para inviabilizar, ainda que temporariamente, a permanência de Janot à frente das investigações, segurando a votação da indicação dele. Após a repercussão, o peemedebista saiu à público para dizer que daria encaminhamento rápido à questão.
O mandato de Janot acaba em 17 de setembro. Para que reassuma o cargo, o Senado precisa aprovar sua indicação até essa data. Após a sabatina, haverá votação na CCJ. Dos 27 titulares da comissão, oito são investigados por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras.
Caso seu nome seja aprovado pelo colegiado, a indicação também passará pelo crivo do plenário, onde precisará de 41 votos favoráveis dentre os 81 senadores. A votação, nesse caso, é secreta.
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