O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai concentrar seus esforços na tentativa de conquistar os votos do PT, até mesmo do senador Eduardo Suplicy (SP), para reverter o quadro nada favorável a ele no Conselho de Ética, na tentativa de convencer os integrantes do conselho de sua inocência.
Levantamentos preliminares indicam um placar de 10 a 5 pela cassação do mandato do presidente do Senado na sessão do Conselho prevista para quinta-feira.
Suplicy, no entanto, considera que Renan ainda deve explicações e defende que ele faça um depoimento aberto. O senador petista refere-se ao suposto empréstimo de R$ 170 mil feito por Renan na locadora de veículos Costa Dourada, em 2004 e 2005, não declarado à Receita Federal.
No depoimento aos relatores, quinta-feira, Renan alegou que não declarou o empréstimo porque seria para cobrir despesas oriundas de sua relação, ainda sigilosa à época, com a jornalista Mônica Veloso.
O PSDB, que tem dois membros no Conselho, deverá votar pela cassação de Renan. Ontem o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) disse que acompanhará a relatora tucana Marisa Serrano (MS) na votação, pela cassação , ao contrário do publicado ontem no GLOBO. Segundo Perillo, o depoimento de Renan não convenceu a senadora.
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