Depois de um encontro de duas horas com a presidente Dilma Rousseff, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse ontem que desistiu de colocar em votação este ano o projeto que concede autonomia operacional ao Banco Central. Renan afirmou que, como governo e oposição são contrários à proposta, o debate foi "interditado" no Congresso. "Os governos são contra a regulamentação. A oposição também. Isso, na verdade, interditou o debate que parecia amadurecido. Evidentemente, pelas posições claramente assumidas, não está", afirmou.
Na semana passada, Renan prometeu colocar o projeto em votação até o final do ano. O gesto foi interpretado como um recado para Dilma, depois que a presidente indicou interinamente o secretário-executivo Francisco Teixeira para o Ministério da Integração Nacional sem escolher o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), aliado de Renan e nome indicado pelo PMDB para o cargo.
Renan nega que tenha discutido a questão do Banco Central no encontro com Dilma, assim como a indicação de Vital para o ministério, mas mudou o discurso sobre o projeto de autonomia do banco depois da longa conversa com a presidente no Palácio da Alvorada, residência oficial de Dilma.
Aliança
Nas duas horas de conversa, Dilma e Renan discutiram a aliança do PT com o PMDB nos principais estados. Em meio à pressão de peemedebistas para que o partido rediscuta a união com o PT em torno da reeleição de Dilma ao Planalto, em consequência das disputas regionais entre as duas siglas, Renan disse que a aliança está "certíssima" e "mais do que nunca consolidada".
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