A Igreja Renascer rechaçou, em nota, a ação do Ministério Público Federal (MPF) que pede a condenação contra um bispo da entidade e de sua fundação por improbidade administrativa. "Não vemos sentido em que seja levantada qualquer dúvida sobre o trabalho realizado por conta de denúncias desleais, acusações sem provas e a esmo, feitas por pessoas sob suspeição absoluta, escondidas sob o manto do anonimato e com claros interesses próprios em prejudicar a igreja", consta no texto.
As alegações da ação civil do MPF contra a Fundação Renascer e o seu ex-representante legal, o deputado estadual José Antônio Bruno (DEM-SP), se referem a atos de improbidade administrativa cometidos na execução de dois convênios celebrados com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que envolveu o desvio e a má utilização de quase R$ 2 milhões de verba pública federal.
Segundo a Renascer, o programa e as cartilhas foram baseadas em assuntos da Bíblia, voltadas ao interesse dos fiéis e trouxeram resultados que superaram outras técnicas. De acordo com a entidade, foram alfabetizadas mais de 15 mil pessoas e mais de mil foram capacitadas como alfabetizadores nos anos de 2003 e 2004, enquanto a fundação recebeu verbas do projeto Brasil Alfabetizado.
A nota afirma também que o próprio Ministério da Educação (MEC), à época, realizou auditoria na qual a fundação teve todos os itens aprovados. Com relação à Controladoria Geral da União (CGU) "confiamos que a instituição saberá considerar todas as informações já prestadas pela fundação, quando foram feitas averiguações sérias que nos levaram a ter as contas absolutamente aprovadas".
"O que nos parece haver neste momento diz respeito apenas a entendimentos errôneos do FNDE com relação a valores", segundo a nota. De acordo com a Renascer, "o assunto ainda está sendo julgado nas instâncias judiciais competentes e a igreja espera encontrar maior isenção e, inclusive, o reconhecimento do amplo serviço social por ela prestado".
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