O presidente interino, Michel Temer, afirmou nesta terça-feira (28) que a renegociação das dívidas dos estados, que reduziu os juros pagos para a União e estabeleceu carência até o fim de 2016, foi uma iniciativa para incentivar o crescimento por meio do investimento dos valores devidos pelas unidades federativas. A declaração foi dada durante a inauguração da nova fábrica da Klabin, em Ortigueira, na região dos Campos Gerais, no Centro do Paraná. Durante a cerimônia, o presidente em exercício disse que somente o Paraná contará com R$ 500 milhões em caixa devido à benesse.
Temer ressaltou que a adoção de um limite de aumento de gastos dos estados pela inflação do ano anterior, condição para que o acordo fosse firmado, foi uma das medidas mais importantes do governo interino.
Questionado sobre a devolução dos R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro, que poderia reduzir a capacidade de investimento da União por meio do banco, o presidente afirmou que o retorno aos cofres públicos não afetará os financiamentos da instituição bancária, que ainda possui R$ 400 bilhões em caixa.
A inauguração da unidade Puma da Klabin contou ainda com a presença do governador do Paraná, Beto Richa; do ministro da Saúde, Ricardo Barros; da presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques; dos membros do conselho de administração da Klabin e demais autoridades.
Klabin
A nova planta da empresa, que é a maior fabricante de papel e celulose do país, está em funcionamento desde março deste ano. O investimento total somou R$ 8,5 bilhões e é o maior investimento privado do estado. A fábrica ocupa mais de 200 mil hectares e tem capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose extraída do Pinus e do Eucalipto. A planta irá gerar 1,4 mil empregos diretos e indiretos e R$ 300 milhões em impostos ao ano.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada