Mais de 20 dias após a primeira prisão do ex-assessor do governo do Paraná Marcelo "Tchello" Caramori suspeito de favorecimento à prostituição de adolescentes , a rotina de trabalho do fotógrafo ainda permanece cheia de lacunas. Apesar de afirmar ter trânsito livre em diversos órgãos estaduais, todos negam qualquer relação com Caramori.
A informação oficial repassada pela assessoria de imprensa do governo é que Marcelo Caramori prestava serviços para a Coordenação da Região Metropolitana de Londrina (Comel), cargo para o qual teria sido nomeado em outubro de 2011. Questionada se o fotógrafo daria expediente na sede da Comel, a assessoria de imprensa do governo informou que a pergunta deveria ser dirigida à coordenação do órgão. Mas Victor Hugo Dantas, coordenador da Comel, nega que Caramori trabalhava no local e foi enfático ao dizer que o fotógrafo era funcionário da Casa Civil e que sua função era acompanhar o governador e secretários em viagens pelo Norte do Paraná.
A informação de que Caramori estava lotado na Casa Civil foi confirmada pelo advogado do fotógrafo, Leonardo Vianna que fez referência ao documento de exoneração que detalha o cargo de "Tchello" como "assessor da governadoria". "O documento [de exoneração] foi assinado pelo chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, e pelo governador Beto Richa, em 30 de janeiro."
Polícias
Antes de sua prisão, Caramori era conhecido da imprensa londrinense. Além de trabalhar como fotógrafo, ele também era conhecido por circular pelas polícias Militar e Civil. Fotos em que "Tchello" aparece vestindo uniformes policiais eram frequentes em sua página pessoal no Facebook. Ele também se apresentava como assessor da Secretaria Estadual da Segurança Pública.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil negou que o assessor tivesse qualquer relação com a entidade. Na PM, os responsáveis pelo assunto não foram localizados.
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