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LAJES DE MURIAÉ - Foram 400 milhões de litros de lama misturados com sulfato de alumínio que vazaram da represa da empresa de Mineração Rio Pomba, em Minas Gerais. O material contaminado já está chegando no Rio Muriaé, no Noroeste Fluminense. A extensão da mancha já chega a 70 quilômetros e outros municípios da região estão em alerta.

A presidente da Feema, Isaura Fraga, que sobrevoou o local, disse que a situação é grave pelo volume de lama, mas não pelo nível de toxidade do produto. Contudo, Isaura teme que as estações de tratamento do Norte/Noroeste Fluminense não tenham capacidade para tratar essa água. Por esse motivo, ela já determinou a interrupção do abastecimento na cidade de Lajes de Muriaé.

O abastecimento em Lajes de Muriaé, a 150 quilômetros da mineradora, foi suspenso. O mesmo pode ser feito nas cidades de Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Campos e São João da Barra. Amostras da água estão sendo levadas para exames no laboratório da Feema no Rio de Janeiro. Embora o Rio Muriaé seja afluente do Paraíba do Sul, a Cedae informou que até o momento não se considera a possibilidade de haver problemas no abastecimento da capital.

Segundo o secretário de Defesa Civil do Estado, coronel Carlos Alberto de Carvalho, é preciso que se faça um termo de ajustamento de conduta com indústrias de Minas Gerais que contenha medidas de compensação ambiental em caso de acidentes. Para isso, a Defesa Civil está mantendo contatos com o Ministério Público Federal.

Carvalho confirmou que a Procuradoria Geral do Estado vai entrar com uma ação penal contra a empresa. A mineradora faz parte de um grupo chamado Cataguazes, mesmo nome de uma outra firma, a Cataguazes Celulose, que causou um dos maiores acidentes ambientais do país, em março de 2003. No acidente, 1,2 bilhão de litros de resíduos tóxicos, supostamente produzidos pela Cataguazes, foram despejados nos rios Pomba e Paraíba do Sul

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