O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) vai tentar um acordo com a oposição para evitar que os deputados continuem apresentando requerimentos "supérfulos". Os aliados do governador Roberto Requião (PMDB) barraram ontem todos os pedidos de informações polêmicos da oposição. A estratégia já vem sendo usada desde o começo do mandato e os requerimentos acabaram se transformando nas principais discussões na Casa.
A oposição, por sua vez, acusa Romanelli de descumprir o "acordo de cavalheiros" para que os requerimentos enviados diretamente ao governo sejam respondidos num prazo de 30 dias.
No mandato anterior, as informações eram obtidas pelos deputados diretamente com as secretarias, sem a necessidade de votação dos pedidos. No início do mandato anterior, o governador determinou que todos os órgãos deveriam enviar respostas à Assembléia no máximo em cinco dias. Mas o decreto foi revogado pelo próprio Requião em dezembro do ano passado. Desde então, os requerimentos passaram a dominar as discussões na Assembléia.
Na semana passada, a manobra usada pela bancada governista para evitar aprovação de requerimentos foi esvaziar o plenário. Em minoria para impedir a aprovação dos pedidos, os aliados de Requião deixavam o plenário e derrubavam a sessão por falta de quórum.
Ontem, a estratégia foi outra. Romanelli decidiu votar os requerimentos e conseguiu derrubar a maioria, com resultados apertados. Na votação do pedido do deputado Marcelo Rangel (PPS) para que o governo retire do ar o site "gestão do dinheiro público", que mostra as despesas do Executivo, o governo venceu por 20 votos a 18.
A oposição está tentando conseguir informações através de outros dez requerimentos que envolvem as mais diferentes áreas do governo, como os investimentos da TV Educativa e a situação dos funcionários que ocupam cargos comissionados e terceirizados, as despesas da comitiva do governador ao Japão, os gastos com a obra do Palácio Araucárias, os aditivos nas licitações da Secretaria de Obras e as despesas com cartões corporativos usados por servidores do governo. (KC)
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