O PT deve ocupar três secretarias no novo mandato do governador Roberto Requião (PMDB). Planejamento, Agricultura e Trabalho são os postos reservados para os petistas na composição política, em troca do apoio recebido no segundo turno das eleições.

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O recém-eleito deputado estadual Ênio Verri, de Maringá, é o nome mais forte na cota do PT. Ele deve ocupar a Secretaria de Estado do Planejamento. Seu nome vem sendo trabalhado por interlocutores do partido com Requião. De acordo com Verri, até agora não tem nada definido. "Não conversei com Requião e nem houve convite formal. O que existe é uma relação institucional entre o PT e o governo, que estão conversando sobre uma possível composição", diz Verri.

A indicação do deputado eleito seria uma boa forma de tentar uma aproximação com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Desde 2004, Verri trabalha no ministério. Há quase dois anos é chefe de gabinete do Ministério do Planejamento. Antes foi secretário da Fazenda de Maringá, na administração do PT.

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Todos os parlamentares petistas foram convocados para colocar seus nomes à disposição para uma possível negociação com o governo Requião. Foram cotados para ocupar as pastas de Agricultura a deputada Luciana Rafagnin, o deputado federal Assis Couto e o secretário nacional de Agricultura Familiar, Válter Bianchini. Para a pasta do Trabalho, os deputados estaduais Elton Welter e Pedro Ivo Ilkiv, além do vereador André Passos, foram nomes jogados nas conversas iniciais com Requião.

Mas dificilmente dois nomes devem sair da Assembléia Legislativa. O primeiro suplente da chapa do PT é o professor Luizão, que teve o apoio de Jorge Samek. Mas o segundo é o professor José Lemos, presidente da APP, sindicato dos professores do Paraná, que fez oposição ferrenha a Requião no último ano.

Ao contrário do início do atual mandato de Requião, no qual o único petista a assumir uma pasta, Roque Zimmermann, foi convidado pessoalmente por Requião para assumir a secretaria do Trabalho, neste ano o PT está tomando o cuidado de ter uma relação institucional com o governador. As conversas estão sendo comandadas pelo presidente estadual do partido, André Vargas, que disse que ainda não há nada definido.