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As diferenças políticas entre o governador Roberto Requião (PMDB) e o prefeito Beto Richa (PSDB) não afetarão funcionários concursados de uma administração que atuam em cargos da outra. Atualmente, há 46 servidores do estado cedidos à prefeitura com funções de destaque, como secretários de governo, e 45 da administração municipal à estadual. Os que garantem a "paz" entre o funcionalismo são o chefe da Casa Civil do Paraná, Rafael Iatauro, e o secretário de governo da capital, Maurício Sá De Ferrante.

Os boatos sobre uma possível "caça às bruxas" começaram após a acirrada campanha eleitoral do ano passado, quando Beto apoiou Osmar Dias (PDT) no segundo turno. Conversas apontavam que o governo havia solicitado os servidores do estado que estavam na prefeitura. Já a prefeitura ameaçava atacar com a mesma moeda. Tanto um lado quanto outro emitiu resoluções limitando a troca de funcionários. Porém, segundo o chefe da Casa Civil do governo, Rafael Iatauro, ficaram liberados os que estavam cedidos com funções importantes no primeiro e no segundo escalão.

"Não há mesmo nada dessa conversa. O Maurício Ferrante me telefonou para saber o que estava ocorrendo e garanti a ele que por parte do governo do estado nada iria ocorrer. Ele me disse que por parte da prefeitura também não. A resolução que baixamos foi para dar uma enxugada nesse vaivém. Mas não diz respeito aos cargos de secretários e assessores. Com Curitiba, não há problema", afirmou Iatauro.

Segundo o secretário de governo de Beto, tudo não passa de "fofoca". "Isso é atitude de quem quer fomentar intriga. Embora de lados políticos diferentes, somos profissionais e sabemos da importância de tais funcionários. Os valores que essas pessoas recebem são semelhantes. Sem, portanto, haver prejuízo para qualquer parte. O que houve foram resoluções para normatizar a situação", disse Maurício, lembrando que após as eleições de 2004 ele mesmo foi alvo desses boatos, quando disseram que retornaria ao estado, já que é concursado da Procuradoria Geral do Estado.

A única troca que poderia ocorrer seria por vontade própria de um funcionário da prefeitura, o deputado estadual Rafael Greca (PMDB). Ele não se reelegeu e está cotado para ser o diretor-presidente da Cohapar. Caso isso não ocorra, ele já declarou que retorna às suas funções no Instituto de Planejamento e Pesquisa de Curitiba. Fora esses casos, há um convênio entre a prefeitura e o Museu Oscar Niemeyer com a cessão de funcionários e a troca de professores, com o estado cedendo devido à municipalização do ensino.

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