Tida até pouco tempo atrás como um dos principais esteios da governabilidade da presidente Dilma Rousseff no Congresso, a bancada do PMDB do Senado apresentou na tarde desta quarta-feira (20) os nomes para compor a comissão especial do impeachment com um viés majoritariamente favorável à interrupção do mandato da petista.
Das cinco vagas reservadas como titulares, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira indicou quatro que já se declararam a favor do impedimento da presidente: Rose de Freitas (ES), Simone Tebet (MS), José Maranhão (PB) e Waldemir Moka (MS). O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi indicado por Eunício para ocupar a presidência do colegiado.
No caso dos cinco suplentes sugeridos pelo líder peemedebista – que só votam em caso de ausência do titular –, três são favoráveis ao impedimento da presidente: a ex-petista Marta Suplicy (SP), o ex-ministro da Previdência no primeiro mandato Dilma Garibaldi Alves Filho (RN) e Dário Berger (SC). Das dez indicações, o único voto declarado como contra até o momento do PMDB é do senador João Alberto (MA), aliado do ex-presidente José Sarney. Ainda consta como indeciso o senador Hélio José (DF).
Por ser a maior bancada, com 18 senadores, o que daria direito a fazer a primeira escolha no colegiado, o PMDB preferiu optar pela presidência do que pela relatoria, uma vez que, em caso de afastamento de Dilma, a legenda será beneficiada direta com a assunção do vice-presidente Michel Temer ao comando do País.
A relatoria ficará com o senador tucano Antonio Anastasia (PSDB-MG), que, conforme o Placar do Impeachment, já se manifestou favoravelmente ao impeachment da presidente. O PT, contra o nome de Anastasia, discute contestar essa indicação até mesmo na Justiça. A comissão terá 21 titulares e 21 suplentes e a eleição deles deverá ocorrer na próxima segunda-feira (25).
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião