O senador Roberto Requião (PMDB) entrou com um pedido de dissolução da executiva do próprio partido. O documento, com data da última terça-feira, alega que o diretório estadual infringiu o estatuto ao permitir que parlamentares da sigla participem de eventos de campanha de outros partidos. Segundo Requião, isso estimula a infidelidade partidária.
O documento será analisado pela executiva nacional do PMDB, que em tese tem poder de dissolver o comando da legenda no estado e nomear uma comissão provisória.
A disputa entre Requião e a atual direção do PMDB paranaense vem de longe. O senador perdeu a eleição interna e viu o grupo comandado pelo deputado federal Osmar Serraglio assumir a direção estadual. Serraglio, assim como vários outros parlamentares e o ex-governador Orlando Pessuti, queriam levar o PMDB a se coligar com o PSDB do governador Beto Richa. Requião derrotou o grupo na convenção do partido e conseguiu se impor como candidato ao governo.
Repercussão
A candidatura de Requião passou longe de pacificar o partido. Por um lado, vários deputados que defenderam a coligação com Richa voltaram atrás e passaram a pedir votos para Requião. Outros, no entanto, se recusaram a aderir à campanha do senador e têm se mantido neutros na disputa. Entre eles, estão o próprio Serraglio e os deputados estaduais Alexandre Curi, Luiz Cláudio Romanelli e Stephanes Jr. Os outros dez deputados estaduais estão com Requião, assim como três deputados federais.
Procurado pela reportagem da Gazeta do Povo, Osmar Serraglio afirmou ontem que o pedido de Roberto Requião não deve prosperar.
Ainda não existe data para que o PMDB julgue o pedido apresentado pelo senador.
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