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Em resposta ao bombardeio de perguntas feitas pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), durante sabatina na Co­­­­mis­­são de Infraestrutura do Sena­­­do, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, disse que tem "muito orgulho" do seu currículo. Requião questionou a legitimidade de Figueiredo continuar no cargo, em razão de sua passagem por postos de destaque em entidades privadas do setor. "Tenho muito orgulho do meu currículo e o meu currículo muito me qualifica", afirmou.

Bernardo Figueiredo teve o nome aprovado na Comissão de Infraestrutura do Senado para um mandato de mais quatro anos na agência.

Figueiredo disse que "nunca" outorgou uma concessão à América Latina Logística (ALL), empresa da qual foi dirigente na década de 90. "Não tenho nenhuma responsabilidade sobre a ALL", afirmou.

Apesar das duras críticas feitas pelo senador paranaense, o diretor-geral da ANTT preferiu não responder ponto a ponto seus questionamentos. Para ressaltar o fato de que não favoreceu a empresa em que já trabalhou, Figueiredo disse que aplicou nos três anos em que está à frente da ANTT R$ 45 milhões em multas às concessionárias. Desse total, dois terços foram para a ALL.

Trem-bala

Figueiredo disse ontem que o governo agora trabalha com a expectativa de que o trem-bala ligando Campinas, São Paulo e Rio esteja em funcionamento apenas em 2019. No lançamento do primeiro edital de concorrência do projeto, em 2010, o governo trabalhava com a hipótese de ter trens operando para a Copa de 2014 em alguns trechos.

Segundo ele, o próximo passo no projeto é a aprovação por um grupo de ministros do novo modelo de concessão do trem-bala. O modelo está tecnicamente definido, mas precisa da aprovação dos ministros e da presidente Dilma Rousseff.

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