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Requião: indicação do PMDB gaúcho | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Requião: indicação do PMDB gaúcho| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Três meses após abandonar as viagens pelo Brasil para divulgar a pré-candidatura a presidente, o ex-governador Roberto Requião retomou ontem os planos de levar a ideia à convenção nacional do PMDB. Em mensagem pelo serviço de microblog Twitter, ele informou que autorizou o senador Pedro Simon a registrar a candidatura dele por meio de uma indicação formal do diretório do Rio Grande do Sul. O ato será simbólico, já que o partido já decidiu que irá coligar-se ao PT e indicar o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, como vice de Dilma Rousseff.

Requião já tentou disputar a convenção do partido em 1994 e 2002. Na primeira vez, chegou a participar de uma eleição interna, mas perdeu para o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia. Há 16 anos os peemedebistas não disputam as eleições presidenciais e, nesse período, revezaram-se em alianças com PSDB e PT.

Entre janeiro e fevereiro, Requião viajou por Piauí, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo para divulgar o interesse em concorrer ao Palácio do Planalto. Em dezembro de 2009, Simon organizou uma entrevista coletiva no Senado para que Requião pudesse apresentar seus planos. Na época, fez elogios aos dois principais candidatos, Dilma e José Serra (PSDB).

"Eu não acho que a ministra Dilma não tenha experiência administrativa. Ela tem, o Serra sem dúvida tem também. O problema é programático. Nós não estamos procurando um feitor da República, mas uma pessoa que tenha pensado um programa e que se assessore convenientemente para implantá-lo", disse.

No mesmo dia, o presidente do PMDB no Paraná, deputado estadual Waldyr Pugliesi, protocolou na presidência nacional do partido um documento de apoio à candidatura Requião com o apoio de 15 diretórios estaduais. Pugliesi disse ter ficado surpreso com a iniciativa de Requião. "Ele mesmo não deu demonstrações de empenho nessa empreitada."

Outro surpreendido foi o governador Orlando Pessuti. "Para mim é uma novidade porque quando ele se manifestou nas últimas semanas era para dizer que seria candidato ao Senado." Segundo Pessuti, não há necessidade de que a candidatura dele seja apresentada pelo diretório gaúcho. "Ele tem todo o direito de fazer isso por conta própria, é só querer. Ninguém do PMDB do Paraná vai se opor."

A candidatura de Requião volta ao cenário nacional no momento em que o PMDB nacional ameaçaadiar a convenção do partido, marcada para o próximo dia 12, caso o PT de Minas Gerais insista em lançar a candidatura de Fernando Pimentel ao governo do estado. A con­­­venção é para formalizar Te­­­mer como vice na chapa de Dilma.

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