Atualizado em 07/11/2006, às 12h30min
O governador reeleito do Paraná, Roberto Requião (PMDB), saiu do Palácio do Planalto pouco depois das 11h sem falar com a imprensa. Ele deve reassumir o governo do Paraná na tarde desta terça-feira, depopis da licença para fazer a campanha eleitoral.
O encontro com Requião é parte da estratégia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negociar pessoalmente com os governadores e partidos aliados a formação de seu novo governo.
Parte do PMDB, partido de Requião, esteve com Lula desde o início do primeiro mandato, mas o governador só declarou sua parceria com Lula na reta final do segundo turno.
A expectativa é que Lula anuncie seu novo Ministério antes do Natal. Lula deveria também receber o líder do PTB na Câmara, José Múcio Monteiro (PE), e o senador José Maranhão (PMDB), que foi derrotado na disputa do governo da Paraíba, mas ainda tem influência sobre a ala nordestina do partido. Com os dois, Lula também vai tratar da formação do governo. O encontro com José Múcio evitou ao presidente o constrangimento de negociar a participação do PTB no governo com o deputado cassado Roberto Jefferson (RJ), que retomou o comando do partido.Prioridade para infra-estrutura
No fim desta tarde, Lula conversa com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. O presidente decidiu dar prioridade às pendências dos projetos de infra-estrutura. Lula quer levantar as pendências ambientais e jurídicas que emperram obras de infra-estrutura programadas ou em andamento no país. Ele vai retomar as viagens de inspeção de obras pelo país.
Mais de vinte grandes projetos foram paralisados ou estão em ritmo lento por esta razão, entre eles as usinas hidrelétricas Belo Monte, Rio Madeira e Estreito, além da pavimentação da BR-163 (Cuiabá-Santarém).
A agenda do presidente, que chegou ao Planalto pouco depois das 9h, previa ainda encontro com o ministro da Previdência Social, Nelson Machado, logo em seguida ao encontro com Requião. Às 15h, Lula participa de cerimônia de apresentação de credenciais de novos embaixadores. Logo em seguida, recebe o comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos da Silva Bueno, com quem deve tratar da crise no sistema de controle de vôos, e até mesmo de um possível afastamento do comandante, que entrou em atrito com o ministro da Defesa, Waldir Pires, em meio à operação-padrão dos controladores de vôo.
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